segunda-feira, 8 de setembro de 2025

The Legend of Zelda: Four Swords Heroes - o primeiro capítulo de uma fanfic cancelada

  Entre 2023 e 2024, eu planejei uma fanfic de Zelda chamada Four Swords Heroes. Seria uma sequência direta de Four Swords Adventures, mas também servindo como sequência indireta de Twilight Princess.

 Originalmente, a minha ideia era fazer duas fanfics diferentes, cada uma como sequência para um desses dois jogos. Mas eu percebi que minhas ideias iniciais, não sendo ruins, eram um tanto derivativas. A sequência de FSA era muito parecida com A Link to the Past, e a de Twilight Princess com Majora's Mask. Foi aí que eu decidi combiná-las, me aproveitando do fato de que, oficialmente, Twilight Princess e Four Swords Adventures se passam no mesmo ramo da cronologia da franquia. Mais precisamente, a história lidaria com o fato do Ganon de Four Swords Adventures ter terminado o jogo vivo, apenas aprisionado, e o fato de que no final de Twilight Princess a Triforça permaneceu separada, espalhada por Hyrule.

 Eu estava bem enamorado com a minha ideia. Seria uma exploração da natureza cíclica do limbo reencarnatório que mantém Ganondorf, Link e Zelda aprisionados por toda a eternidade. Ganondorf seria o único que literalmente reencarnaria, com todas as suas versões tendo a mesma alma (por isso os Ganondorfs de Ocarina of Time/Twilight Princess e Tears of the Kingdom também teriam certa relevância na narrativa, apesar do "principal" ser o Ganondorf de Four Swords Adventures). Os casos de Link e Zelda seriam mais complicados. Seria uma fanfic longa também, eu envisionava uns 50 ou 60 capítulos.

 Eu cheguei até a fazer uma "logo" pra fanfic, no estilo da logo da era 8/16-bits de Zelda, tamanha a minha paixão pelo projeto. Não ficou lá muito boa, mas eu fiquei satisfeito.

 

 Bem, mas como seria a tal fanfic? Sete anos após os eventos de FSA, Ganondorf seria liberto por Koume e Kotake, as mães adotivas do Ganondorf de Ocarina of Time/Twilight Princess (e, como seria revelado no futuro, irmãs mais novas do Ganondorf de Tears of the Kingdom). Elas o levariam em uma busca pelos pedaços da Triforça, busca que seria o primeiro passo para a sua libertação. Um pedaço já estava com ele, tendo sido mantido "dentro" do tridente que ele havia roubado, sendo a Triforça do Poder a verdadeira fonte de sua força, enquanto o tridente era apenas um receptáculo para a relíquia (um retcon de leve, eu nunca fui fã do tridente só transformar o Ganondorf em Ganon em FSA quando isso sempre foi algo exclusivo da Triforça do Poder). A Triforça da Sabedoria estaria com Zelda, e a da Coragem escondida. É aí que o Homem Velho entraria, ele era o guardião da Triforça da Coragem e havia sido encarregado pelas Deusas de ser um mentor para o jovem Link.

 O Homem Velho, um arquétipo clássico da franquia, aqui seria ninguém menos do que o Herói do Crepúsculo, o Link de Twilight Princess. Não vou entrar muito em detalhes, mas eu envisionei seu passado da seguinte forma: tendo mantido a Triforça da Coragem consigo, ele foi visto pela última vez saindo da Vila Ordon. Imaginei que ele teria partido em busca de uma maneira de reencontrar Midna, mas sua ausência deixou a vila vulnerável para um ataque de monstros, enviados por Koume e Kotake para vingar a morte de Ganondorf no final de Twilight Princess. Tendo perdido os dois mundos que salvara no passado e tendo sido condenado pelas Deusas à imortalidade enquanto seu sucessor não recebesse a Triforça da Coragem, ele se tornaria um idoso um tanto amargurado, que veria o ciclo de Demise com certo cinismo. Um contraste com o heróismo desavergonhado do Link adolescente, oriundo de FSA, e um paralelo com o fato do Herói do Crepúsculo ter sido também ensinado por uma versão anterior de Link, o Herói do Tempo, na forma do Hero's Shade. As luvas eram para esconder a marca da Triforça da Coragem de olhos curiosos.

 Por que cancelei a história? Bom, sendo honesto eu só me cansei da fanbase de Zelda. Memórias muito ruins, um povo extremamente tóxico. Eu percebi que qualquer coisa que eu escrevesse seria, de certa forma, "para eles" e eu me recuso a escrever para gente assim. Mas não acho que fará muita falta. É uma pena, é um projeto pelo qual eu estava realmente apaixonado, e não é uma obra que eu poderia só "converter" em história original, tirando os elementos da franquia. A ideia está atrelada demais a Zelda.

 Enfim, eu decidi postar o primeiro capítulo, o único a ser finalizado, aqui. Espero que alguém goste.

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  Ganondorf se levantou com dificuldade. A espada que atravessara seu peito, a lâmina que bane o mal, mal lhe permitia respirar. Suando, ele encarou seus dois oponentes: Zelda, a princesa regente de Hyrule, e o jovem rapaz de roupas verdes que o enfrentou. O jovem que empunhava a Espada Mestra. Eles não demonstravam nenhuma emoção, mas o gerudo sabia muito bem o que pensavam. Eles pensavam que haviam vencido. Eles pensavam que esse era seu fim. Tolice! Ele passou por coisas piores no passado e sobreviveu. Ele sobreviveu a uma tentativa de execução, sobreviveria a outra facilmente. Um deus não morreria de forma tão humilhante. Era questão de tempo, mas ele se recuperaria e atacaria novamente. Ele se vingaria de toda Hyrule por essa humilhação.
— Não pensem que isso acaba aqui! — Ele exclamou, em meio a gemidos e grunhidos de agonia, com a voz rouca — A história da luz e da sombra será escrita em sangue!
 Nenhuma reação. Claramente, eles não estavam impressionados com as suas ameaças. Subitamente, ele sentiu um estranho formigamento na sua mão. Ao olhar para ela, ele se surpreendeu ao ver o símbolo do Poder Dourado desaparecendo. Ele conseguia sentir o poder saindo de seu corpo. Como? A espada? Foi ela quem arrancou a Triforça do Poder dele?
 Ver o símbolo desaparecendo foi o suficiente para que a ficha caísse. Ganondorf percebeu, tarde demais, que ele não era um deus. Ele era um mortal e cairia como um. Estava ficando frio e suas pálpebras ficavam cada vez mais pesadas a cada segundo que se passava. Ele conseguia sentir sua alma se aproximando do abismo.
 Aquele era o fim de Ganondorf.

 Aquele não era o fim de Ganondorf. 
 Atravessando as salas da velha pirâmide sem nada o protegendo além de sua armadura e sem nada iluminando seu caminho além da tocha que carregava, o gerudo procurava o segredo da construção.
 Por anos, lendas percorreram a Vila Gerudo acerca de duas luzes, uma vermelha e uma azul, que voavam sobre a pirâmide durante a noite. As gerudos diziam às suas filhas que eram fantasmas. Boatos corriam sobre uma força sombria que habitava a pirâmide, atraindo pobres tolos que se aventuravam em busca de grandiosidade e jamais retornavam. Mas com ele seria diferente. Ele descobriria o segredo da pirâmide e se tornaria o rei do mundo.
 “Se você sair da aldeia, não ouse voltar”, foi o que ela disse. O gerudo não se esqueceria até se vingar.
 Ao chegar em mais uma sala, Ganondorf viu algo que lhe chamou a atenção: um tridente cinza, adornado por um rubi, repousando em uma cama de pedra. Havia uma inscrição em uma estela. Aproximando a tocha do objeto de pedra, Ganondorf leu a inscrição, no antigo idioma gerudo, com um sorriso sombrio.

“Você busca o mundo?
Você busca poder?
Sua alma abomina a paz e anseia por mais?
Sua alma clama por destruição e conquista?
Nós lhe damos o poder para destruir o mundo.
O poder da escuridão.
Espírito maligno do tridente mágico.
Você é o Rei da Escuridão.”

 Finalmente. Após tanto tempo, Ganondorf havia encontrado o que buscava.
— Sim! Quero poder — Ele afirmou, revigorado — A história da luz e das sombras será escrita em sangue!
 Imediatamente ele retirou o tridente de seu leito milenar e o ergueu o mais alto que pôde, vitorioso.

 Zelda se levantou em meio aos escombros do castelo. A princesa de Hyrule, de dezessete anos, mal conseguia acreditar que ainda continuava viva. Ao ver o que estava à sua frente, entretanto, ela desejou que não estivesse.
 Na frente do trono, a Besta Sombria da Perdição, com seus olhos vermelhos e suas presas afiadas, empunhava o Poder Dourado das Deusas completo e gargalhava. Era uma risada alta que ecoava por toda Hyrule.
 Aos seus pés, caído no chão, estava o corpo de um jovem hyliano. Uma espada repousava ao seu lado, quebrada em quatro pedaços.
— Não! — A princesa gritou, em desespero, despertando de seu cochilo. Afobada, ela olhou para os lados, em busca daquele monstro ou de qualquer coisa que indicasse que aquele sonho era real. Para seu alívio, ela não achou nada. Zelda estava em seu quarto, sentada, com um grande livro aberto na sua frente. Era um livro de capa verde, ilustrada com um triângulo invertido rodeado por três triângulos menores. As páginas nas quais o livro estava aberto continham um pouco de saliva, sem dúvidas derramada pela princesa enquanto cochilava. De repente, a porta atrás de Zelda se abriu e seis jovens moças entraram, afobadas. Cada uma tinha um vestido e cabelos de uma cor: azul, amarelo, verde, branco, vermelho e roxo. Todas estavam visivelmente preocupadas.
— Está tudo bem, Alteza? — A dama azul perguntou.
— Ouvimos você gritar e ficamos muito preocupadas — A dama vermelha disse, suando.
— Safira? Rubi? Meninas? — Zelda se virou para olhá-las, ainda um pouco atordoada — Está tudo bem, me perdoem por preocupá-las. Eu só tive um… sonho.
— Aquele mesmo sonho? — A dama verde perguntou. Zelda balançou a cabeça, em tom afirmativo.
— É a quarta vez que eu o tenho, Esmeralda. Tenho certeza de que não é apenas um sonho. Eu a vi nele, de novo. Tenho certeza de esse livro possui as informações que estou procurando.
— Esse velho livro? — Esmeralda perguntou, olhando para o livro, com ceticismo.
 Folheando as páginas do livro, Zelda passou por muitas antigas lendas e histórias do folclore hyliano. “O Herói que era Quatro”, “O Mago dos Ventos”, “A Lenda dos Minish”… Não, não eram essas a lenda que ela procurava.
 Foi aí que, ao virar mais uma página, ela deu de cara com uma ilustração de três triângulos dourados, com o seguinte título: “A Triforça e o Reino Sagrado”. Seus olhos brilharam enquanto ela lia a seção com intenso interesse. A seção começava com um verso:

“Em um reino mais que distante,
O céu irradia ouro e não azul.
Lá o poder da Triforça
Transforma sonhos em realidade.”

 Enquanto lia a seção, Zelda ocasionalmente olhava para a sua mão direita, encarando a marca dos três triângulos dourados nela.
— Pelas Deusas, como eu espero que eu esteja errada — Ela comentou.

 Nos campos de Hyrule, uma figura encapuzada, magra e alta, de manto vermelho caminhava lentamente, com a ajuda de uma bengala de madeira. Suas mãos eram cobertas por luvas marrons. Sua longa barba branca era tudo o que ficava à mostra de seu rosto.
 Enquanto ele andava, nos céus, uma coruja o seguia. O estranho não lhe dava atenção, mas certamente havia percebido a sua presença. Ao passar por uma árvore, a coruja se empoleirou em um de seus galhos, e a figura parou de andar. Os dois se encararam, como se fossem velhos conhecidos. E, de fato, o eram. O estranho tirou seu capuz e mostrou seu rosto: um homem hyliano idoso, careca e de olhos azuis.
— Rauru. O que é que você quer agora? — Ele perguntou à coruja, um pouco irritado.
— Faz tempo que não me chamam assim. Hoje em dia, todos me conhecem só como o velho mestre Kaepora Gaebora — O pássaro respondeu, com um sorriso paterno — Eu sei que você disse que não queria a minha ajuda, mas…
— Disse e ainda não mudei de ideia nem pretendo mudar tão cedo. Passar bem — O velho hyliano se preparava para ir embora, quando voltou a olhar para Kaepora Gaebora — Na verdade, pensando melhor agora, acho que precisarei de sua ajuda para uma coisa apenas. Depois disso, eu quero que você fique longe de mim e não se envolva até que tudo esteja terminado. Estou procurando algo.
— Então, você finalmente resolveu falar com o garoto? Quer que eu te diga aonde ele mora? É imperativo que reunamos o Poder Dourado o quanto antes.
— Não será necessário, o garoto virá até mim. Não, Rauru, eu quero que você me diga aonde a tal lâmina está sendo guardada. A Espada dos Quatro.
 Ao ouvir a espada sendo mencionada, Kaepora Gaebora tremeu. Ele olhou para o Velho, desconfiado.
— Por que você quer saber isso? Por acaso você acredita que haja algum problema com o selo que mantém… ele preso?
— Eu as vi recentemente. As duas bruxas. Elas querem libertá-lo.
— O quê?! Então precisamos agir o quanto antes!
— Acho que você não entendeu, Rauru — O Velho disse, rindo de forma cínica — Você não conseguirá reunir o seu precioso Poder Dourado se a Besta Sombria não for liberta. Eu ouvi a conversa delas. As peças já estão em suas posições iniciais no tabuleiro para uma nova rodada. Agora, eu vou lhe perguntar mais uma vez e, quando eu receber a resposta que desejo, eu quero que suma de minha vista e não apareça mais até que tudo esteja terminado. Depois você poderá fazer o que bem entender. Aonde está a Lâmina que Divide os Céus?

 O Santuário da Espada dos Quatro, escondido no coração de Hyrule, abrigava a lâmina epônima. Originalmente a prisão particular de Vaati, o terrível Mago dos Ventos que tantas vezes atacou Hyrule no passado, agora a Espada dos Quatro abrigava um mal muito maior e mais perigoso, selado nela sete anos atrás.
 Passos curtos e apressados eram ouvidos, enquanto duas mulheres idosas, muito parecidas, caminhavam em direção ao pedestal da espada. Ambas tinham cabelos brancos e vestidos pretos, e a principal diferença é que uma possuíam uma gema vermelha na testa e a outra possuía uma gema azul.
— Vamos logo, Kotake — Uma das minúsculas mulheres afirmou enquanto as duas caminhavam em direção à lâmina — Nós já levamos sete anos para conseguirmos  encontrar este lugar, não podemos demorar mais! Ele nos espera!
— Já vou, Koume — Disse a outra, igualmente rabugenta — Você sabe muito bem que depois de seiscentos e oitenta anos minhas pernas não são mais o que costumavam ser…
— Setecentos anos — Koume corrigiu — Parando pra pensar, nem eu tenho mais certeza de quantos anos temos. 
— Silêncio, chegamos — Kotake riu quando ela e sua irmã se encararam, com a  Espada dos Quatro entre as duas. Elas seguraram na lâmina em conjunto e, com certo  esforço, a puxaram e a ergueram para o céu. Naquele momento uma nuvem negra  emanou da espada, cobrindo a visão de ambas. Quando a névoa se dissipou, os quatro olhos idosos se voltaram para aquele que era o prisioneiro da espada. Quem o olhasse nunca adivinharia que ele já fora um homem. Ajoelhado estava ele, se apoiando no chão com um tridente. Era um ser que se assemelhava a um grande javali azul  humanoide, com olhos escarlates, chamas que tinham o ódio como combustível. Ele respirou ofegante por um momento, visivelmente atordoado, e olhou ao seu redor até sua visão se fixar em suas libertadoras, que se ajoelharam perante sua presença.
— Quem são vocês? — O Rei da Escuridão perguntou, ameaçando-as com o tridente — Aonde estão as outras duas?
 As bruxas se olharam por um momento e riram entre si.
— Perdão, Lorde Ganon, mas o senhor está enganado — Kotake disse — Nós não nos multiplicamos, apenas somos irmãs gêmeas!
— O quê? E como é que vocês empunham a maldita lâmina sem se multiplicarem?
— Entendemos que esteja confuso após ficar preso por sete anos, ó Lorde Ganon — Koume respondeu — Se dois seres segurarem a Espada dos Quatro simultaneamente, suas propriedades multiplicadoras são anuladas.
 Ganon tomou a lâmina das mãos das velhas bruxas e a ergueu, sem efeito. 
— Ela também não funciona com demônios — Kotake acrescentou.
 O Rei da  Escuridão jogou a Espada dos Quatro no chão, levemente desapontado.
— Bah, não preciso disso! Quem são vocês?
— Koume e Kotake, as Bruxas Twinrova — As duas responderam em conjunto, com uma mesura — Quando o assunto é magia, nenhuma outra gerudo se compara a nós!
— Gerudo! — O demônio questionou, se afobando ao ouvir aquela palavra — Eu também sou um gerudo, mas nunca as vi na vila.
— Não havia como nos ver — Koume disse — Anos atrás, quando as gerudos decidiram reatar as relações com os malditos hylianos, nós fomos expulsas e juradas de morte caso tentássemos voltar.
— É mesmo? — Ganon olhou para as duas, pensativo. Ele se apoiou em um dos monumentos do santuário — Não me digam…
— Mas, antes de fugirmos, preparamos um presente para aquele que se tornaria o senhor do mundo, presente esse que o senhor agora possui. 
 Ganon olhou para sua arma. Ele nunca se perguntou qual era sua origem.
— Vocês criaram meu tridente? — Um sorriso maléfico se formou em seu rosto. Seria uma boa ideia manter as duas ao seu lado —  Bem, acho que devo um agradecimento então. Koume e Kotake, como recompensa por me ajudarem, eu as  farei generais de meu exército quando eu atacar Hyrule novamente e me vingar dos que me aprisionaram aqui. Eu devia saber que um tridente tão poderoso só poderia ter sido criado por bruxas muito talentosas como vocês.
— É um prazer servi-lo, Lorde Ganon, mas… — Koume disse, um pouco intimidada pelo grande javali — Perdoe a minha insolência em corrigi-lo, mas o tridente, por si só, não possui poder algum.
— O que está dizendo? — Ganon arqueou a sobrancelha, desconfiado — Olhem para mim! Eu era um mero gerudo mortal e o tridente me transformou em um poderoso demônio! Talvez vocês não sejam tão inteligentes quanto eu pensei…
— Não foi o tridente — Kotake concordou com sua irmã — O tridente era apenas um receptáculo para o verdadeiro poder que te transformou. Um poder tão antigo quanto o nosso mundo, e que apenas alguém digno como o senhor poderia manusear. Lorde Ganon, o senhor não olhou para suas mãos após obter o tridente? 
 Ganon olhou para sua mão esquerda. Não havia nada nela. Mas ele se surpreendeu quando, ao olhar para sua mão direita, percebeu um emblema gravado em sua própria pele. Três triângulos dourados, dispostos em uma formação triangular.
 O Rei da Escuridão encarava aquele emblema em um transe inquebrável. Ele reconhecia aquele símbolo. Algo em seu subconsciente ansiava por aquele símbolo. Mas o que ele representava?
— O que isso signfica? Bruxas, eu ordeno que me digam o significado desse símbolo! Agora!
 Koume e Kotake se encararam, sorrindo de forma diabólica, e então se voltaram para seu líder.
— Lorde Ganon, o senhor não sabe o que isso significa, mas sente em seu âmago que deseja este símbolo, não é? — Koume perguntou.
— Sim — Kotake continuou — Permita-nos contar-lhe uma das mais antigas lendas de Hyrule: a lenda do Poder Dourado, criado pelas três Deusas Douradas dos hylianos. A lenda da Triforça.
 Ao ouvir aquele termo, Ganon cerrou os olhos, altamente interessado.
— Pois contem.

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